Assassinado Trajano Chacon em pleno Dia do Advogado. Por Luiz Barreto
Em 11 de agosto de 1913, solenizava-se o Dia do Advogado
Por Luiz Barreto – Escritor, membro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores e do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco
Nessa data foi assassinado no Recife o advogado, jornalista e político Dr. Trajano Chacon.
Na rua da Imperatriz, esquina com o Beco dos Ferreiros – como era então chamada a rua Sete de Setembro – quando Dr. Trajano Chacon com sua mulher, tinham saído do teatro Helvética, participando das celebrações do Dia do Advogado, ele foi brutalmente assassinado a golpes de paus e canos de ferro, por quatro ou cinco homens. Esses, depois foram identificados como policiais que pertenciam a Força Pública do Estado, comandada pelo 1º tenente do exército, Francisco Mello, que foi preso, dois dias depois, sendo este considerado um crime político. O 1º tenente Francisco Mello era subordinado ao governador general Dantas Barreto e todos os culpados pelo crime, após julgamentos, foram inocentados.
Naquela oportunidade, ferido e ensanguentado o Dr. Trajano Chacom foi levado para a farmácia “Universal”, na própria rua da Imperatriz, sendo, em seguida, socorrido pelo médico Augusto Chacon, seu irmão, que logo desenganou o paciente. Levando-o para sua casa, na rua da Imperatriz, comparecendo logo depois para prestar solidariedade e assistência médica os facultativos Drs. Arnóbio Marques, Arthur Cavalcanti e Alfredo Costa.
Registre-se ainda, que em 11 de agosto de 1827, Dom Pedro I, criava em uma única Lei, a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, e a Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco.
Essa data passou a ser celebrada como o Dia do Magistrado, Dia do Advogado e o Dia do Estudante. É feriado na nossa Universidade Federal de Pernambuco, sendo uma pena que essa data, tão festejada antigamente, agora, as autoridades se esqueceram desse importante dia para a cultura pernambucana e do país.
Em tempos passados, era costume dos estudantes de direito reunirem-se, nessa data, para um almoço em um restaurante da cidade e terminada a refeição levantarem-se a correr, sem pagarem a conta.
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