Tensão e Decisão. Por CLAUDEMIR GOMES
Por CLAUDEMIR GOMES – Os dois quadrangulares da Série C, que irão definir os clubes que terão acesso à Série B na próxima temporada, estão ratificando o equilíbrio de forças entre os participantes dos grupos B e C. Após quatro rodadas apenas um clube – Ponte Preta – entre os oitos participantes das disputas, assegurou sua passagem para a Segunda Divisão do Brasileiro em 2026.
O empate do Náutico – 1×1 – com a Ponte Preta (Grupo C), no último final de semana, recolocou o time pernambucano na disputada e transformou a rodada deste sábado num obstáculo de vida ou morte. Vencer, vencer e vencer é a palavra de ordem para o Brusque, que vai medir forças com a Ponte, e para Guarani e Náutico que devem protagonizar uma queda de braço histórica no Brinco de Ouro, em Campinas.
“Chegou a hora de ver quem tem garrafa pra vender”, como diz o espetacular Bartolomeu Fernando, narrador da Rádio Cultura de Caruaru. Tem que diga que, “é nessa hora que se separa os homens dos meninos”. Bom! De uma coisa temos certeza: o maior desafio dos treinadores é fazer com que a ansiedade não derrote seus exércitos antes das batalhas. Afinal, em partidas como essas, pode acontecer de tudo, inclusive nada. O esforço para não dar um branco na tropa é sobrenatural.
São 22 jogadores em campo, afora os que são acionados durante o jogo. E como cada cabeça é um mundo, podemos afirmar que o árbitro do encontro vai ter que lidar com vinte e dois mundos diferentes. Em meio século labutando na crônica esportiva, testemunhei inúmeras decisões. Em alguns episódios parecia até que éramos um integrante efetivo do grupo, dada nossa convivência diária com o clube que estávamos cobrindo. Tal ligação nos levou a ver jogadores amofinando, dando cagaço; outros nem estavam aí para o caráter decisivo da partida, enquanto tinham aqueles que se agigantavam. Enfim, cada qual com o seu qual.
Em decisões todos os árbitros carregam consigo uma interrogação maior que eles. Coisas do futebol. Nos dias de hoje, mesmo não entrando em campo, existe um elemento oculto que pode definir o destino dos clubes: o VAR. Trata-se de um instrumento tecnológico, mas que é manuseado pelo homem. E ninguém está livre dos efeitos psicológicos que sondam uma decisão. A turma do VAR também pode tremer.
Os fatores emocionais, em uma decisão, são mais determinantes do que os técnicos e físicos, uma vez que, as equipes que chegam aos estágios finais estão bem condicionadas física e tecnicamente.
Gosto muito do trabalho motivacional desenvolvido pelo técnico Hélio dos Anjos, mas existem pontos nevrálgicos que fogem ao seu domínio. Espero que os gestores alvirrubros de plantão estejam em boa conexão com o grupo (jogadores e comissão técnica), e tenham assimilado as imperiosas necessidades do momento. Nesta empreitada final rumo a Série B, do contra já bastam Brusque, Guarani e Ponte.
No Grupo B, onde estão – Floresta, Londrina, São Bernardo e Caxias – o equilíbrio é maior, mas Londrina e Floresta estão na vantagem.
Algumas definições podem acontecer através da combinação dos resultados, fato que aumenta a tensão da disputa. Embora esteja na terceira posição na tabela de classificação do seu grupo, o Náutico depende apenas dos seus resultados.
Força Timbu!
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