Pedro Campos afirma que apoio de prefeitos a Raquel é motivado por promessas

Deputado federal também disse fazer oposição responsável contra a governadora

Deputado Federal Pedro Campos (PSB) é recebido no programa Folha Política, da Rádio Folha
Deputado Federal Pedro Campos (PSB) é recebido no programa Folha Política, da Rádio Folha – Arthur Botelho/Folha de Pernambuco
Por Alexsandro Fonseca – Folhape

O deputado federal Pedro Campos (PSB) afirmou que o apoio de prefeitos a governadora Raquel Lyra (PSD) é motivado por promessas feitas pela gestora. De acordo com o parlamentar, é possível que, caso as ações do governo do estado não sejam concretizadas, pode haver uma reversão de apoio nos municípios.

“O que a gente enxerga é que os prefeitos estão indo em cima de promessas (…) Se essas promessas não se realizarem, é pouco provável que a população acompanhe o prefeito e talvez até o prefeito diga que a promessa não foi cumprida e volte atrás da posição que foi colocada”, analisou, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, nesta sexta-feira (3).

O parlamentar disse fazer uma oposição responsável contra a governadora Raquel Lyra. Pedro Campos avaliou que a maior força de oposição ao atual governo estadual é liderada pelo PSB.

“Enquanto deputado federal faço nosso trabalho de oposição responsável, cobrando os compromissos que a governadora fez, apontando as falas da gestão, (com) muita responsabilidade em relação a isso”, disse.

João Campos 
Pedro Campos, que também é irmão do prefeito do Recife, João Campos (PSB), comentou que o chefe do Executivo municipal é visto de forma otimista pela população e nome alternativo para o campo progressista nacional nos próximos anos. De acordo com o deputado, as pessoas “veem futuro nele”.

“João é uma grande figura política, que tem feito um grande trabalho como gestor e como presidente de partido e é natural que as pessoas projetem nele esperança e a oportunidade de fazer mudanças tanto no estado de Pernambuco como no Brasil. (É) uma liderança jovem e promissora”, opinou.

PEC da Blindagem 

O deputado comentou seu voto a favor da chamada PEC da Blindagem. O dispositivo, rechaçado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, buscava dificultar investigação e prisão de parlamentares suspeitos de crimes. Campos afirmou que o voto favorável dele foi um “erro” e disse que era parte de um acordo para rejeitar o PL da Anistia.

“Foi um erro. Eu fiz questão de ir nas redes sociais de explicar o que tinha acontecido, de reconhecer e admitir o erro. Fiz isso tão logo que foi votada a questão da anistia, porque existia exatamente uma construção de uma tentativa de estratégia política para barrar a anistia”, explicou.

O parlamentar disse ainda que a mobilização popular em torno da PEC da Blindagem, no dia 21 de setembro, foi determinante para a desaprovação da CCJ do Senado da proposta. Além disso, as manifestações ajudaram na aprovação da reforma do Imposto de Renda, que isenta quem ganha até R$ 5 mil.

“Eu acredito que teve um peso, sim, a questão da PEC da Blindagem e das pessoas terem ido à rua para poder fazer a mobilização. Isso teve um peso (na aprovação da reforma do IR)”, disse.

Veja a íntegra da entrevista:

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