Náutico frustra torcida. Por CLAUDEMIR GOMES
Por CLAUDEMIR GOMES – Com uma vitória – 1×0 – sobre o Náutico, na tarde deste sábado, nos Aflitos, a Ponte Preta deu um passo decisivo para assegurar o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro em 2026. O alvinegro de Campinas/SP fechou a primeira fase do quadrangular (jogos de ida), com cem por cento de aproveitamento, fruto de três vitórias pelo mesmo placar.
Se por um lado a Ponte Preta deu uma demonstração de força, ratificando o favoritismo que lhe fora atribuído para conquistar uma das vagas em disputa no Grupo C, o Náutico frustrou sua torcida ao contabilizar duas derrotas, para Guarani e Ponte Preta, respectivamente, na condição de mandante. O Alvirrubro Pernambucano não teve competência para administrar as vantagens do mando de campo, fato que tornou mais difícil o desafio do acesso.
Com boas campanhas descritas na fase de classificação, Náutico e Ponte Preta se credenciaram como favoritos na briga por duas vagas de acesso para a Série A, num quadrangular onde Guarani e Brusque, teoricamente eram tidos como figurantes. Na primeira rodada, atuando como visitantes, os dois times confirmaram o favoritismo com vitórias pelo placar mínimo: Brusque 0x1 Náutico e Guarani 0x1 Ponte Preta.
A vantagem de enfrentar Guarani e Ponte Preta na sequência, ou seja, no temido Estádio dos Aflitos, onde os alvirrubros ostentavam uma boa sequência de resultados positivos, encheu a torcida de confiança em relação à subida para a Série B. Afinal, com a chegada do técnico Hélio dos Anjos, que em 2006 conseguiu levar o clube a Série A, o Náutico apresentou um crescimento sustentável que lhe posicionou na segunda posição na tabela de classificação.
No futebol, a distância que separa o discurso da prática é abissal, e como dizem os filósofos: “a bola tem suas ironias”. O narrador, Bartolomeu Fernando, advertiu: “Chegou a hora de ver quem tem garrafa pra vender”. O Timbu não conseguiu levar a campo a maturidade que define os vencedores.
Náutico e Ponte Preta têm a mesma estatura, por conseguinte, a vitória num confronto entre dois times parelhos somente sairia nos detalhes. E foi justamente numa falha de marcação, em jogada construída pelo setor direito da equipe paulista, os volantes do Náutico não acompanharam e se equivocaram na leitura do posicionamento deixando o atacante Toró entrar, livre de marcação, para marcar o único gol da partida.
No segundo tempo, Hélio dos Anjos corrigiu o posicionamento da equipe alvirrubra que “amassou” o adversário do seu campo de jogo, mas não foi efetivo nas finalizações. Em duas oportunidades o goleiro da Ponte Preta se agigantou praticando duas defesas que asseguraram a vantagem – 1×0 – da equipe de Campinas, líder isolada do Grupo C com 9 pontos ganhos em três jogos disputados.
Na sequência da tabela o Náutico sai para enfrentar o Guarani e a Ponte Preta, nessa ordem, em Campinas, e fecha sua participação medindo forças com o Brusque, nos Aflitos.
A frustração da torcida alvirrubra, após duas derrotas como mandante, é compreensível. Afinal, resta o consolo de uma frase que é abominada por alguns treinadores: “Matematicamente ainda há chance!”.
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