MP investiga repasse milionário para evento de Fafá de Belém
MPPA abre inquérito para investigar uso de R$ 1,5 milhão no projeto Varanda de Nazaré, de Fafá de Belém, durante o Círio.
O Ministério Público do Pará (MPPA) determinou inquérito civil para apurar supostas irregularidades no uso de verba pública destinada ao projeto Varanda de Nazaré. Conforme notícia divulgada na imprensa local, o promotor de Justiça Sávio Rui Brabo de Araújo ordenou investigação da aplicação de R$ 1.569.936,00 liberados via chamamento público entre a Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP) e o Programa Estadual de Incentivo à Cultura (PEIC).
O foco recai sobre a execução e a destinação desse montante, que financiou o evento no Círio de Nazaré. Assim sendo, o MPPA tenta verificar se os valores cumpriram os objetivos previstos ou se houve falhas no cumprimento das exigências contratuais.
A investigação corre na Promotoria de Tutela das Fundações, Associações de Interesse Social, Falência, Recuperação Judicial e Extrajudicial. Até o fechamento desta reportagem, nem Fafá de Belém nem a Fundação Cultural do Pará haviam se pronunciado sobre o caso.
O chamamento público nº 02/2024, instrumento usado para formalizar o repasse, aparece no centro da apuração como elemento crítico. A portaria que formaliza o inquérito foi publicada no Diário Oficial e logo passou a vigorar em data próxima ao Círio.
No último sábado, 11 de outubro, Fafá conduziu o Círio Fluvial pelo Rio Guamá, em Belém, com a presença de celebridades como por exemplo Malu Galli, Fábio Porchat, Maria Eduarda de Carvalho, Alane Dias e o casal Rafa Kalimann e Nattan. A artista carregou a imagem da Nossa Senhora de Nazaré à mão, interagiu com fiéis e celebrou orações flutuantes.
Organizado há 15 anos por ela e sua filha, Mariana, o Varanda de Nazaré se tornou marca do Círio como vitrine cultural e religiosa na Amazônia. O evento reúne público e autoridades, combina arte e fé, e tem forte apelo midiático.
Agora, o inquérito do MPPA busca identificar beneficiários, comprovar o uso dos recursos e mapear responsabilidade. A investigação pode revelar irregularidades que abalam credibilidade do projeto e lançar questionamento sobre gestão cultural no Pará.
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