Sileno Guedes afirma que antecipação da campanha eleitoral é natural

“Esse é um processo natural (a antecipação) que ocorre dentro dos partidos políticos de uma forma geral. Pelo menos no PSB ocorre. Nas casas legislativas, isso tende a acontecer também, porque geralmente você tem tem um grupo de situação e um grupo de oposição que exerce o papel constitucional que a sociedade delegou de fiscalizar o Poder Executivo e de fiscalizar as entregas que deveriam ser feitas e não foram feitas ou foram feitas de uma forma equivocada”, disse em entrevista concedida à Rádio Folha 96,7 FM.

De acordo com o deputado, a antecipação das eleições foi um movimento iniciado pelo governo estadual. Sileno comentou que, normalmente, quem está na situação evita precipitar os embates de natureza eleitoral, algo que não ocorreu, na visão dele, com a governadora Raquel Lyra (PSD).

“Eu acho que quem está no Poder Executivo não deve antecipar o processo eleitoral. E, infelizmente, aqui em Pernambuco a gente está vendo que o processo está bem antecipado”, observou.

João Campos 
O deputado estadual avaliou que a provável candidatura do prefeito do Recife, João Campos (PSB), é um desejo do PSB e da população. Ainda de acordo com o parlamentar, a legenda terá uma chapa competitiva tanto para o preenchimento das vagas na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) quanto para a Câmara dos Deputados.

“A gente tem, sim, um desejo muito grande de que o prefeito João Campos venha a assumir o papel de candidato a governador de Pernambuco. (…) Não é um desejo apenas do PSB, é um desejo desejo de uma boa parte da população de Pernambuco que tem se manifestado através de várias pesquisas de diferentes institutos”, opinou.

Papel da oposição
Segundo Sileno Guedes, a oposição liderada pelo PSB na Alepe não é uma oposição “enraivecida “, mas “consistente”. Ao ser questionado se temia que as entregas do governo mudassem a percepção da população em relação ao Executivo estadual, o parlamentar disse que “torce” para que a governadora consiga cumprir todas as promessas.

“A gente torce que ela entregue tudinho. A gente quer que a população tenha creche, maternidade, mais cozinhas comunitárias. (…) A gente deseja que Pernambuco volte a liderar uma pauta econômica”, afirmou.

Palanque duplo 
Sileno também descartou a chance de formação de um palanque duplo em Pernambuco, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja apoiado simultaneamente por dois candidatos ao governo do estado, como foi em 2006 com Eduardo Campos e Humberto Costa. Segundo o deputado, “os personagens são diferentes”.

“Eu não creio nesse movimento (palanque duplo). Acho muito diferente. Os personagens de 2006 são completamente diferentes da personagem de 2026”, enfatizou.

Veja a íntegra da entrevista: