ATAQUE AO PROJETO B. Por CLAUDEMIR GOMES
Sport
Por CLAUDEMIR GOMES – O empate – sem gols – com o Bahia, na décima-sexta apresentação do Sport no Brasileiro da Série A, selou a sorte do rubro-negro pernambucano na competição. Embora, levados pela emoção, e alimentados por uma gama de cronistas formados pelo You Tube, centenas de torcedores leoninos sigam debruçados na tabela de classificação buscando saídas através de mutações.
É como se o sujeito estivesse no corredor da morte a espera de um milagre.
Certa vez, quando dava meus primeiros passos como repórter do Diário de Pernambuco, o sábio Ênio Andrade me fez a seguinte advertência, e pediu para que não esquecesse jamais: “Garoto! Quando vocês da imprensa falam que, matematicamente ainda existe chance, a vaca já foi para o brejo”, alertou com sabedoria um dos maiores treinadores da história do futebol brasileiro.
Quinta-feira (31/07/25), em almoço promovido pela Sucursal Recife do Panathlon Club, ouvi de Josenildo Carvalho, ex-técnico da Seleção Brasileira Masculina de Vôlei, uma frase lapidada pelo pragmatismo: “No profissionalismo não existe sorte, existe competência”.
O presidente do Sport, Yuri Romão, recentemente fez um “mea culpa” assumindo os erros da desastrosa campanha que o Clube da Ilha do Retiro vem descrevendo no Brasileiro: 16 jogos e nenhuma vitória. A regularidade da incompetência é o produto da arrogância, da soberba e da prepotência de um grupo de dirigentes que pouco sabem da matéria futebol, e tiveram seus egos inflados com uma sofrida ascensão a Série A e a conquista do título do Pernambucano cujo brilho foi empanado por uma derrota para o Retrô no jogo final.
Como o pior cego é aquele que não quer enxergar, o fracasso do Sport no Brasileiro deve ser creditado ao presidente por ter bancado a incompetência dos seus pares, bem traduzida na montagem do grupo e na troca de técnicos, ao trazer, para missão quase impossível, um profissional sem histórico na Série A. Vale lembrar que: primeiro é primeiro e segundo é segundo em qualquer lugar do mundo.
Sabemos que, uma história não se escreve com um único capítulo.
Yuri tem méritos e qualidade na sua passagem pela presidência executiva do Sport. É um bom captador de recursos; restaurou grande parte do patrimônio da Ilha do Retiro; mas errou na escolha dos “cardiologistas” que iriam tomar conta do coração do clube que é o futebol.
Quando lhe é conveniente sabe ser político. Ouviu sugestões de vários ex-presidentes, mas não pôs nada em prática. Acabou desgostando, ou magoando a todos. Afinal, sua “escutatória” não serviu para nada.
Evidente que, este capítulo tão sombrio que estávamos testemunhando, não será o ponto final de sua história na Ilha do Retiro. O manifesto de pessoas que vimos reivindicando sua saída não tem nenhuma representatividade. Pode ter até um número expressivo de insatisfeitos, mas sem representatividade os gritos de “fora Yuri” não produzem eco.
Bom! Como o futuro se constrói hoje, vale alguém sugerir ao presidente atacar o Projeto B desde já.
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