Vídeo: Paul McCartney e a hisória de “Let It Be”. Por Flávio Chaves

Quando o sonho de uma mãe virou canção para o mundo inteiro

    Por Flávio Chaves – Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/Minc  – Poucas músicas carregam tanto consolo em tão poucas palavras quanto “Let It Be”, uma das canções mais icônicas da história da música, composta por Paul McCartney, eternizada pelos Beatles, e abraçada por milhões de pessoas ao redor do planeta.

A origem dessa canção não está nos palcos, nem nas turnês, nem nas disputas criativas entre os Beatles. “Let It Be” nasceu de um sonho e de uma ausência. Quando Paul McCartney tinha apenas 14 anos, perdeu sua mãe, Mary McCartney, vítima de câncer. Anos depois, já adulto, mergulhado em um período de conflitos pessoais e tensões internas dentro da própria banda, Paul teve um sonho que mudaria o rumo de sua vida artística.

Em meio à confusão emocional e ao caos que cercava os Beatles naquele fim de década de 60, Paul sonhou com a mãe. Ela apareceu calma, serena, com um sorriso de quem já havia compreendido os mistérios que a vida nunca explica. E disse apenas isso ao filho:
“Let it be.” (“Deixe estar.”).

Não era um conselho técnico, nem uma solução mágica. Era um gesto. Um colo. Um amparo de quem, mesmo ausente, voltava para acalmar o coração do filho.
Paul acordou com aquela frase ecoando na cabeça.
E o que era uma ausência, virou presença.
O que era um vazio, virou melodia.

“Let It Be” não é uma música de resignação. Ela não pede para desistir. Não convida ao conformismo. É uma música de aceitação e de confiança.
Confiança de que o tempo se encarregará de ajeitar as coisas que hoje parecem sem saída.
Confiança de que algumas respostas não vêm de imediato… e talvez nunca venham.
Mas mesmo assim, a vida continua.

Lançada em 1970, no álbum que também leva o nome “Let It Be”, a música atravessou gerações. Tornou-se trilha sonora de momentos difíceis, funerais, despedidas, recomeços e também de celebrações. Sua letra, simples e universal, toca em uma ferida que todos nós temos: o desejo de ouvir, em momentos de dor, que tudo vai ficar bem.

Paul viu. Paul ouviu. Paul escreveu.
E o que era uma perda, virou canção.
O que era silêncio, virou recomeço.

Até hoje, quando os primeiros acordes de “Let It Be” ecoam em qualquer canto do mundo, há sempre alguém que fecha os olhos, respira fundo… e encontra um pouco de paz.

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